Um espaço de convívio entre amigos, que acabou por se tornar um arquivo protegido por um só curador.

Mês: janeiro 2012 (Page 1 of 2)

El Cuento Del Malvado Funcionario.

Eis que chegou a mim, um conto sobre o pensamento geral da Espanha, sobre seus funcionários públicos. Detalhe, aqui eles ganham em média de 1.500,00 a 2.000,00 €, que nem de longe chega perto de nossos queridos empregados, os juizes. Segue:

“Érase una vez, una nación dónde todo el mundo era feliz, donde un nene semianalfabeto sin la ESO se ponía a apilar ladrillos y ganaba 4.000 euros al mes, dónde los ministros se entretenían encargando estudios estúpidos sobre la reproducción de la lagartija espongiforme, dónde a la oposición le regalaban trajes y se iban a puticlubs a gastos pagados por el ayuntamiento de turno, dónde en el Senado se ponían traductores, dónde el mago bueno ZP cuidaba de todos, dónde todo era feliz y feliza (por aquello de la igualdad).

Pero en este bonito país no todo era perfecto, había un malvado llamado “El funcionario”, vago entre los vagos, tomador de cafeses y fumador de cigarros, de trato desagradable, forrado y sinvergüenza, que vivía de lo robado a los honrados banqueros y políticos, a los honrados curritos que no defraudaban (sólo preguntaban con IVA o sin IVA).

Pues bien, nuestro protagonista el albañil era un tierno obrero salido de un instituto con 18 años sin aprobar ni el recreo, llamado Jonathan, volvió un día del tajo y decidió comprarse un BMW serie 3 con el Pack Sport, llantas, y le puso fluorescentes y un equipo de música con subwoofer y una casita pareada.

En el banco, el señor director, muy amable le prestó el dinero sin ningún problema, mejorando su petición con más dinero que también le prestó para que se diera un homenaje en la Riviera Maya.

Pasó el tiempo, y un mal día a Jonathan lo echaron del trabajo, ¿con qué iba a pagarse sus vicios? Y sobre todo, ¿su BMW? Apurado fue a ver al Sr. director del banco, que, muy simpático él, no pudo ayudarle, a pesar de que se desvivía por los necesitados. El Sr. director, compungido, al ver que Jonathan no podía pagar, y que el no cobraba, fue a ver al mago bueno, a ZP.

Mientras…. el malvado funcionario seguía trabajando en la sombra, envidioso él de nuestro amigo, que no tiene estudios y dilapidaba los euros que ganaba.

Un buen día, a nuestro mago bueno ZP, lo llamó papá Obama y mamá Merkel y le dijeron que esto no podía seguir así.

La solución estaba clara, salvar a Johnny y fastidiar al malvado. Le bajamos el sueldo al despreciable funcionario y ya está.

Consecuencia: Jonathan no paga lo que debe al banco, el banco no cobra, el banco le pide pasta al Gobierno, el Gobierno se la da quitándosela al funcionario; o sea, el BMW y la casita lo paga el funcionario con su 5%. Y colorín colorado, este cuento se ha acabado.”

Uma história portuguesa!

Mais um vez o Druida-Mor se ausenta da Poção, e mais uma vez, este que vos escreve volta a baila, sempre tentando manter a qualidade dos textos. Me eximo um pouco de comentar os absurdos cometidos contra os populares em #Pinheirinho, e acredito que esse seria o assunto “do momento”, para tratar de algo bem menos importante, uma viagem de táxi..

A primeira paragem de Andrei por esses dias será Portugal, por onde também cheguei há quase dois meses agora, para dar continuidade aos estudos de doutorado. A diferença é que, Andrei e Olívia, chegam provavelmente ao Porto, e eu cheguei em Lisboa. Muito embora sejam cidades diversas, já escutei certa vez, de um motorista de ônibus português, que me levou de Braga ao Porto, que pegar um táxi, seja em Lisboa, seja no Porto, era pedir para ser furtado.

Táxi português.

Táxi português.

Bem, eu tenho uma estratégia desenvolvida para não ser roubado em táxis por ai, e depois de já ter sido pego em muitas “surpresas” pelo Brasil, que é sempre perguntar quanto custa a viagem antes de entrar no táxi, e que via de regra, funciona sempre… Mas como acabava de chegar da viagem e acabara de conhecer Maria Alice, não o fiz… (ahhhh, as desculpas…)

Chegamos em casa, e não deu outra, o taxista cobrou a mais, seguiu-se uma rápida discussão sem maiores problemas, e acabamos pagando o que nos cobrou, não foi a primeira vez que um taxista portuga me rouba, mas esse também não é o desfecho da história!

Adisson, logo chegou em casa, e depois de algum descanço regado a uma boa conversa, tinha que sair novamente para resolver um problema.. No aeroporto!! Então aproveitei a oportunidade, para ir com ele até lá. E uma vez no aeroporto, fomos a polícia, fazer a denuncia do taxista larápio. Eis que há um sistema interno de vídeo, e me propus a ser identificado por ele, enquanto isso fomos dar uma volta pelo estacionamento dos táxis, e ali estava o meliante, placa anotada, e depois de alguns instantes me reconheceram e a Maria Alice, no momento exato em que entramos dentro do táxi. Batemos as placas, e chegamos a conclusão que o taxista tinha muito azar…

No final das contas, o policial disse que por eu não haver pedido o recibo, tudo que podia fazer era dar uma multa, mas que o taxista poderia se livrar dela, afinal era a palavra de um contra a palavra do outro.. Mas eu sai satisfeito, afinal, tinha identificado o cara, visto a polícia trabalhar, e no final das contas, se ele não for o dono do táxi, vai no mínimo levar um rela do patrão, se esse for sério.. =D

A herança da Casa Grande.

A herança da Casa Grande tem raízes muito profundas no imaginário brasileiro. É um conjunto de idéias e posturas que se instala automaticamente nas mentalidades, por um ensino realizado à força de repetição automática e inercial.

Quem sabe que não está na Casa Grande sabe também – como de um saber intuitivo e não consciente – que deve aspirar a ela. Que deve reproduzir os modos do senhor, imita-lo, ir-se tornando nele na maneira de ser o que acha que faz o senhor.

Nós brasileiros sabemos – uma pequena parte de nós, que viajamos – o que é truculência e estupidez na passagem pela imigração. O caso da estupidez reiterada no aeroporto de Madri basta como exemplo.

Todavia, nós fazemos o mesmo com aqueles que reputamos oriundos da senzala. Falo do caso dos haitianos, evidentemente.

O Brasil nunca foi rigoroso com entrada de estrangeiros, até porque os que para cá vêm são majoritariamente caucasianos, ou seja, são identificados ao tipo do senhor. Então, entram, ficam, se quiserem e como quiserem.

Mas, a programação mental é fortíssima. A lassidão que sempre tivemos com norte-americanos e europeus converte-se no rigor exasperado contra haitianos, bolivianos, peruanos, paraguaios…mesmo que estejam em situações rigorosamente iguais.

Sabe-se que algumas dezenas de estrangeiros, principalmente norte-americanos, trabalham no setor pretrolífero, no Rio de Janeiro. E eles entraram, em sua maioria, como turistas! Ninguém os importunou e acho que não devem mesmo serem importunados, desde que ninguém seja.

Coisa semelhante ao preconceito com os haitianos vê-se em São Paulo, relativamente a bolivianos, paraguaios e peruanos, que geralmente trabalham em semi-escravidão nas indústrias têxteis.

Eles são vítimas de profundos preconceitos dos paulistas e paulistanos. Engraçado, como se São Paulo tivesse alguma origem nobre e honrosa!

O grande mito fundador de São Paulo são os bandeirantes! Um grupo de assassinos, ladrões, baderneiros, escravizadores de índios. Criminosos que todos na corte queriam à maior distância possível. É muito interessante, a propósito, ver a idéia que deles fazia o Padre Vieira.

E essa gente sente-se à vontade para destilar preconceito contra sul-americanos que vêm para trabalhar dez, doze horas por dia. Ou seja, a mentalidade dicotômica Casa Grande Senzala vai se reproduzindo sempre, bastando para tanto um termo de comparação, um inferior prototípico.

Haitianos impedidos de entrar no Brasil.

A Polícia Federal brasileira detém 100 haitianos que desejavam entrar no país. É muito engraçada essa seletividade da polícia federal.

Em Fortaleza, Recife, Natal, para ficar em poucos exemplos, há centenas de espanhóis, italianos, alemães, sem visto, sem dinheiro, sem passagem de volta, sem educação. Enfim, só com vontade de frequentar bordeis. E a PF não os incomoda… Entram como turistas, para que não se precisa de visto, e ficam quanto tempo quiserem.

Os haitianos não podem ser admitidos como turistas? Será por conta da cor da pele? Será?

Inglaterra: uma fornecedora dos piores exemplos.

Um exemplo de modernidade e liberdade, na sempre celebrada Inglaterra, que se imputa a qualidade de origem do liberalismo:

Alan Mathison Turing foi matemático, lógico e cientista da computação. Tornou possível a aplicação de algorítmos em máquinas pré-computacionais. Considera-se um dos pais do que se entende por computador, hoje.

Durante a guerra trabalhou na decodificação das comunicações secretas da marinha de guerra alemã alemã, com êxito. Prestou, portanto, um imenso serviço ao seu país e ao esforço de guerra. Pode-se considera-lo um herói nacional britânico.

FOI PROCESSADO CRIMINALMENTE EM 1952, POR HOMOSSEXUALIDADE! Sim, na liberal e não socialista Inglaterra. E, sim, com relevantes serviços prestados ao Reino Unido!

Foi castrado quimicamente por meio de hormônios femininos, em 1954, por ordem judicial. Suicidou-se por envenenamento, profundamente deprimido com os efeitos de tão estúpida e agressiva medida, que desmembrou sua personalidade.

Para mim, é o episódio singular mais hediondo que conheço. Na Inglaterra!

Estreito de Ormuz: por que é fácil fecha-lo?

O estreito de Ormuz, nas passagens mais estreitas, tem em média 50 quilômetros. Ou seja, é mesmo muito estreito. Os navios passam, em média, a 30 quilômetros da costa iraniana.

Pois bem. O famoso míssil francês anti navio Exocet – AM39, MM40 e SM40 – tinha, no início, alcance máximo de 70 Km, quando lançado de avião ou helicóptero, e de 120 Km, quando lançado de terra ou navios.

Versões atuais desse míssil altamente confiável e provado em combate, têm alcances de 160 Km, lançados da superfície (terra ou embarcações). São os SM40 Block 3, que têm um propulsor inicial foguete e mantém-se em cruzeiro por meio de uma pequena turbina. Leva uma carga explosiva de 162 Kg e voa a mach 0.9. No final da trajetória, voa a 3 a 4 metros da superfície do mar.

Embora sejam relativamente lentos e a carga seja pequena, os Exocet são muito confiáveis e são detectados muito próximos da embarcação alvo. Para afundar um destroier, dois ou três são necessários, mas um simples impacto retira-o de ação.

Para afundar um petroleiro, um basta e não há hipoteses de ser detectado e abatido.

Os chineses, inteligentes, copiaram-no. Era a arma anti-navio mais usada no mundo. Dizem que reproduz as caracteristicas dos últimos modelos SM40 e MM40.

Os chineses venderam-nos ao Irã. O Irã, que também não é tolo e tem grandes engenheiros, desenvolveu sua própria versão, tendo conseguido inclusive fazer a pequena turbina a jato que impele o míssil em cruzeiro.

Ou seja, cinco ou seis baterias lançadouras na costa bastam para literalmente fechar o estreito de Ormuz, mesmo para naves bélicas…

O Irã, novamente, tem um brinquedo que a OTAN chama Sunburn. É um míssil gigante, sob quaisquer parâmetros, de origem russa.

Esse artefato anti-navio voa à impressionante velocidade de Mach 3 e, até bem pouco tempo, a marinha de guerra norte-americana considerava-o impossível de abater antes de atingir o navio. Era – e talvez continue a ser – o míssil mais letal para uma embarcação.

Leva 300 Kg de explosivos, a que se soma a imensa energia cinética do monstro deslocando-se a três vezes a velocidade do som. É capaz de voar a 3 m da superfície do mar e atingir a embarcação próximo à linha d´água.

Supõe-se que um só seja capaz de retirar de operações um daqueles imensos porta-aviões norte-americanos.

O Irã comprou uns poucos destes brinquedos e tudo indica que os copiou.

Não é à toa que alguns generais norte-americanos, retirados obviamente, estejam a fazer todos os esforços para evitar essa aventura estúpida que só interessa aos bancos de uma dúzia de judeus, que ganhariam muito com o caos…

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