Um espaço de convívio entre amigos, que acabou por se tornar um arquivo protegido por um só curador.

Mês: setembro 2012

Devaneio: execução em praça pública.

Parte das classes médias vive dias de excitação enorme por conta do espetáculo oferecido pelo supremo tribunal federal e a imprensa majoritária. Trata-se de um suposto julgamento de ação penal contra vários réus, uns políticos, outros ex-políticos, banqueiros, publicitários.

Uma malta que teria criado um imenso e genial esquema – todos em perfeito e sincronizado acordo de vontades – para que o governo subornasse por meio de pagamentos mensais sua própria bancada de apoio no congresso.

Coisa que se fosse provada seria um feito a merecer registro nos anais da política brasileira, em que a tradição é comprar deputados esporadicamente, caso a caso, o que é mais caro evidentemente.

Até o presente, não apareceram as provas de pagamentos para que os parlamentares votassem pela aprovação das reformas tributária e previdenciária, que são as duas grandes votações que dão suporte à acusação. Nunca é demais lembrar que essas duas reformas foram aprovadas quase à unanimidade, ou seja, por partidos de governo e de oposição, o que aponta que se houve suborno foi um desperdício…

À parte a falta de provas, é fascinante perceber o tribunal supremo desfazendo todas as inverdades que os bacharéis em direito aprendemos em cinco anos de faculdade sobre penal e constitucional. Estava tudo errado afinal e esse intrépidos senhores togados vieram reparar iniquidades longevas

Aquela estória de presunção de inocência em matéria criminal era coisa para coitados, para românticos anacrônicos que não perceberam as emergências do momento presente. Aquela conversa de que na dúvida absolve-se foi enfim superada, a bem da celeridade no processo, valor supremo destes tempos tão céleres.

A maior de todas as tolices, a exigência de que a conduta dos malfeitores se adeque a uma previsão legal, que os tolos conheciam por tipicidade, isso acabou-se. Hoje, no recém inaugurado direito penal, bondosamente revelado pelo supremo tribunal, vigora a escolha caso a caso segundo o supremo discernimento que os magistrados têm.

Não haverá quaisquer riscos decorrentes dessas inovações porque os magistrados são infalíveis e neles se encontra coisa mais sólida e segura que em simples leis com pretensões a generalidade e abstração.

A EXECUÇÃO DOS MARCADOS PELO MAL

Andou muito bem o tribunal, porque o país estava farto da leniência da justiça com os políticos que cometeram os crimes mais graves da história deste país. História que, obviamente, é amplamente conhecida por todos, já que somos um povo cultivador da memória, das letras, da tolerância.

Livramos-nos de perigosos e inadequados anacronismos nestes tempos de emergência, em que o mundo e o Brasil estão infestados de terroristas e toda sorte de malfeitores. E nós, desacostumados a ver a face da corrupção, que nunca houve significativa por aqui, acreditávamos até pouco que a poderíamos combater com românticos sistemas garantistas.

O tribunal, por outro lado, ouviu os clamores públicos por justiça, ouviu a indignação dos justos cidadãos pagadores de impostos, que não suportam nem concebem que o país seja destruído pelos intuitos criminosos de uma perigosa e bem articulada quadrilha.

Não se concebe que meliantes deste grau de perigosidade ousem invocar preceitos arcaicos da velha ordem, como se todos não soubessem imeditamente que são culpados de tudo quanto os acusam e provavelmente de ainda mais.

Diante da gravidade das acusações e da importância de puni-los exemplarmente, iniciou-se o debate sobre a fixação das penas. Uma tímida parcela inclinou-se pela utilização das penas que a antiga ordem previa. Logo, como era de esperar-se, foi vencida e convencida pela maioria de que nada da antiga ordem teria serventia neste caso excepcional.

Os debates evoluiram e surgiu uma bela idéia. Os crimes eram tão graves e os culpados tão execráveis que convinha ao país livrar-se da simples possibilidade de ter a descendência desta gente entre seus cidadãos. Realmente, criminosos deste tipo têm algo de genético, ou seja, têm uma propensão natural ao crime, coisa que se transmite aos seus descendentes.

Daí que houve consensso quanto à castração de todos os culpados. Eles não poderiam engendrar mais seres detestáveis como eles e a medida justificar-se-ia plenamente. Até alguns choramingas que insinuaram inicialmente não haver evidências científicas de inclinações naturais foram convencidos.

Ora, que conversa mais tola essa de negar que a maldade é como a marca de Cain! É transmissível, sim, e o mal tem que ser cortado pela raiz para que não volte a macular um país que o não conhecia. Que sejam castrados, portanto!

Todavia, a inteligência insinuava-se aos poucos; aparecia furtivamente a um e outro membro deste magnífico tribunal, a revelar-se cada vez mais, em aspectos diferentes. Eis que um magistrado percebeu a possibilidade de aplicar-se pena muito mais efetiva e que implicaria também, por decorrência lógica, a pena antes cogitada da castração.

O ideal era executar os culpados! Ora, executando-os, tanto se lhes aplicava a pena máxima possível, quanto livrava o país de possível descendência que eles pudessem deixar. Foi rápida a adoção desta genial solução por todos os integrantes do tribunal, que logo perceberam sua superioridade sobre o que antes cogitara-se.

Porém, a fada da sapiência não deixou de pairar airosamente no magno recinto tribunalício. Esta boa emissária não se fatigava nos seus misteres até que os homens tivessem visto a verdade em sua plenitude. Foi aí que o magistrado da acusação teve um sonho e acordou encantado com as visões tidas.

Ele percebeu que a execução dos culpados era, sim, a pena máxima e o expurgo de alguma descendência futura, isso era verdade. Todavia, restava a descendência já nascida! Aquela gente carregada de culpa atemporal já tinha filhos!

O acusador compareceu à sessão seguinte com um discreto sorriso de quem se sabe guardião de uma idéia inédita e genial, daquelas que se devem revelar aos poucos, gozando o assombro dos outros e a inveja por não a terem aventado antes.

Acontece que a inteligência realmente estava entre aqueles ungidos. Tão logo o acusador desvelou partes da idéia, os demais perceberam-na. Não lhe negaram os créditos, mas percebia-se que a sintonia era tamanha que pouco mais ou menos, qualquer um teria chegado àquela conclusão sobre as penas idéiais.

Assim foi que a fada descansou; sua missão chegara a termo e tudo estava bem encaminhado. Com relação à forma de execução, ela estava segura que podia deixar essa parte somente para os magistrados, que eles saberiam levar as coisas da melhor maneira.

E ficou decidido que seria tudo em um só grande dia; que se iniciaria pela manhã cedo, à volta das sete e meia, afinal eram muitos os executados. Seria na grande praça que se abre em três lados para os palácios de governo, do parlamento e do tribunal.

Os culpados seriam conduzidos em fila, trajando uma túnica de pano grosso, pés e mãos amarrados. Alinhados em frente à grande tribuna, ouviriam a exortação para reconhecerem seus delitos de lesa nacionalidade e sua afirmação de aceitação da justa pena.

Decidiu-se que às pessoas assistentes seriam distribuídos pequenos binóculos, bebidas à vontade e leques para se abanarem. Deliberou-se, ainda, que a lei criminalizadora da posse de armas de fogo seria suspensa naquele dia, afinal suspender leis era imperioso nas emergências. Poderia haver algum partidário dos culpados pronto a querer agedir o egrégio povo ou, pior, os mais egrégios magistrados.

As execuções seriam por três meios: enforcamento, decapitação na guilhotina e fuzilamento. Assim, o meio do primeiro executado seria sorteado e os seguintes iriam na ordem. Isto proporcionaria mais sentido de justiça ainda, na medida em que cada assistente poderia rejubilar-se com o meio de execução que mais lhe agradasse.

Seriam pouco mais de cem os acusados a serem justiciados no grande dia. Às sete horas, já não cabia mais uma pessoa na grande praça; estava completamente tomada de gente eufórica pelo espetáculo da justiça a ser realizada materialmente.

O magistrado chefe quase não consegue ler o sumário de três linhas da sentença condenatória, tal era a gritaria na praça. Nada obstante, o justo magistrado não deixou de instar a multidão ao silêncio, pois não se permitia relativizar aquela importante formalidade. Era imperioso ler o sumário!

Afinal sorteou-se o meio de execução do primeiro culpado e deu enforcamento. Não poderia ser mais adequado, tratando-se o primeiro executado de um homem de aproximadamente 40 anos. Aconteceu o que muitas vezes dá-se nesta cena que os frágeis acham repugnante: o enforcado teve uma ereção…

A massa entrou em transe furioso, afinal aquele infame, aquele filho de Satanás tivera a ousadia de desdenhar de um ato de suprema justiça levantando voluntariamente seu membro viril, em evidente provocação ao povo e aos representantes dele e de deus na terra.

Daí em diante, a crônica não conseguiu mais registrar nada. A fúria justiceira do povo não podia mais ser contida. Alguns creem que daquela imensa confusão, que resultou em 3500 mortes, um ou outro culpado conseguiu escapar.

De minha parte, acho bastante improvável porque lastimavelmente nem um só dos magistrados escapou, embora protegidos por soldados. Estes, coitados, também pereceram todos nessa grande saturnália.

Meritocracia e erro voluntário na fala.

Indivíduos das classes média e alta, no Brasil, praticam com desenvoltura o erro voluntário ao falar. Não deixo de me refir às pessoas as classes mais baixas porque os queira desculpar. Não é coisa que se aborde assim moralmente. Deixo de incluí-los entre os voluntários erradores porque não tiveram educação mesmo.

Mas, aquelas pessoas de extração social privilegiada, que tiveram educação formal nos ensinos básico, médio e superior – os dois primeiros geralmente particulares e o último às vezes público – não devem arguir com informalidade, espontaneidade ou coloquialismo para desculpar-se de barbaridades como a supressão total dos plurais na fala.

É óbvio que não se fala como se escreve. Todavia, essa diferença entre falado e escrito não é razão nem desculpa para a total supressão de plurais e o uso dos pronomes pessoais do caso reto ao invés daqueles do caso oblíquo, para ficar nos dois exemplos mais frequentes.

Há quem diga que o simpático erro voluntário é o contrário do pedantismo e uma mostra de espontaneidade. Não é. Pedantismo seria o ridículo de falar-se como escreve-se. Pedantismo é o ridículo de falar a imitar outras situações e pedir desculpas pela origem e educação. Artificial é falar em desconformidade às potencialidades que se obteve por ter estudado.

A diferença própria da coloquialidade é a confusão sintática e a repetição, não as omissões nas flexões de número ou confusões com os pronomes pessoais. A fala coloquial tem estrutura diferente da escrita, tem expressões vulgares que não se costumam escrever. Ela serve-se de instrumentos de ênfase diferentes, mas não se diferenciam o falado e o escrito necessariamente por mais ou menos erros.

Acho que a preguiça está na raiz desses erros voluntários. Claro que muitos são casos de ignorância pura e simples, a provar que nossa cantada meritocracia não resiste a um exame de português… Todavia, a maior parte é simulação e preguiça mesmo.

O meritocrata brasileiro típico, o sujeito que bate no peito e diz que ganha, ou menos, ou o que merece, porque afinal é capaz, deve lembrar-se que entre várias coisas que compõem essa capacidade encontra-se o conhecimento da língua. Ele não gostaria de ganhar salário diretamente proporcional à riqueza de seu falar e da potencialidade que obteve ao estudar.

O erro voluntário pode trair duas situações desconfortáveis: ou bem o sujeito voluntariamente é menos do que pode ser, ou é exatamente o que é, mas queria esconder.

STF: o que certas escolhas implicam?

Na ação penal 470, o STF deveria julgar trinta e tantos réus pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Para ser rigoroso, o tribunal deveria julgar apenas três dos réus, que tem foro por prerrogativa de função. Mas, o Rubicão já foi cruzado há muito tempo.

O núcleo da acusação é que José Dirceu e outras figuras políticas do PT teriam alugado, mensalmente, o apoio de bancadas parlamentares integrantes da base de apoio ao governo, para votarem alinhados aos interesses do governo, notadamente em grandes votações como as reformas tributária e previdenciária.

À parte a falta de provas – que o tribunal superou ao inaugurar o novo direito penal brasileiro, devidamente expurgado de anacronismos como a presunção de inocência e o in dubio pro reo – fica a puerilidade da acusação em si. Primeiro que conseguir alugar uma bancada parlamentar brasileira seria uma façanha a fazer o autor merecer o céu sem escala no purgatório.

Segundo que alugar a própria base é, no mínimo, estranho. Mas, o anseio de linchar não se acanha diante de simples improbabilidades e estranhezas. A coisa foi adiante, bem embalada e propagandeada pela parte majoritária da imprensa atuante no Brasil – não digo brasileira por razões intuitivas.

Ainda que o acusador e os juízes creiam mesmo nisso – é de crença que se trata, pois sem provas não há verdade jurídica – ficarão diante de situação no mínimo embaraçosa, pois haverá quem os chame à coerência.

Ora, se as reformas tributária e previdenciária, em que os partidos oposicionistas votaram unanimemente, foram compradas, temos aqui leis inválidas, por vícios no processo legislativo. O acusador e os juízes irão até às últimas consequências?

Julgamento no STF começa como farsa e segue como violação à constituição.

Parte da classe média brasileira delira em gozo extático com o linchamento que o Supremo Tribunal Federal, apoiado e estimulado por grande parte da imprensa brasileira, promove contra réus que não deveriam nem mesmo serem julgados naquela corte. Essa gente já disse Anauê com muita satisafação.

As massas são assim e as coisas pioram quando a imprensa acha conveniente piorá-las e estimula as mais baixas inclinações. Não é necessário estimular as inclinações mais vis, que elas já têm impulso natural mais que suficiente.

Ora, em um julgamento criminal, 10 juízes do tribunal mais graduado de um país e o acusador-geral dão-se ao espetáculo surreal de discutir a condenação sem provas, como se fosse uma tertúlia de mesa de café, onde as coisas vão em termos abstratos e de simples cogitação. Nas mesas de café, discute-se tudo, em hipótese, até a revogação da lei da gravidade, mas em tribunal convém não rasgar a constituição assim explicitamente.

Infelizmente, parece que o único argumento restante contra tal aberração é aquele de lembrar aos relativizadores se desejarão, na eventualidade de virem eles a serem julgados, ser julgados com garantias relativas e a partir de provas tênues, a extraordinária nova postulção do acusador – geral.

Quando o controle social passivo não basta.

A maior parte daquilo que as pessoas respeitáveis e seu público fiel reputam teoria da conspiração não passa realmente de tolices. Geralmente, boas informações são precariamente conectadas, por pessoas que entreviram o escândalo mas não podem traçar suas linhas genéticas.

Outra parte disso que se chama teoria de conspiração é precisamente o que ocorre, evidente, e claro como o céu de Lisboa. Tudo, ao final, é posto no mesmo saco e a parte que interessa é desautorizada junto com as bobagens.

Por isso, as pessoas que comandam o mundo nunca se importaram muito com a informação – que ela quase sempre está disponível – mas com as interpretações e ênfases que a imprensa dará a ela. É seguro agir desta forma, porque muito da realidade é percebido a partir de modelos pré concebidos.

Os EUA desintegrar-se-ão mais drasticamente que a Europa e não adianta fugir ao cerne da questão: lá, a concentração é maior que na Europa. As massas são mais pobres, relativamente, e a aceleração do empobrecimento é maior. Não se cuida, para desespero do pessoal que só fala de educação, do nível das massas, pois ele é muito democraticamente baixo por toda parte.

É muito difícil um império manter-se apenas emitindo notas promissórias e jogando bombas nas cabeças de quem não se pode defender. Gore Vidal, norte-americano e inteligentíssimo – a provar que não são situações antagônicas – tem o cuidado de fixar o fim da era de ouro e o fim do império financeiro em datas distintas.

O primeiro acaba-se quando o conúbio do complexo financeiro – militar – industrial e o Mossad matam o presidente irlandês. O segundo, quando o presidente representante do conúbio matador mata a paridade dólar-ouro e determina que petróleo só pode ser comprado em dólares norte-americanos. De uma data a outra, medeiam oito anos. Vidal é muito preciosista.

A questão não é tanto o que fez o injustiçado vice-presidente de Einsenhower, aconselhado pelo inteligente judeu alemão, com relação à moeda de denominação da única transação comercial importante. A questão é que o país, a nação, para quem for mais romântico, pouco importou. O modelo, como todos eles, tinha prazo e implicava seu fim.

Não é pacífico distribuir cocaína a preços módicos para milhões de pessoas que a não poderão comprar depois, exceto se se tiver para onde fugir, depois que a coisa ficar insustentável. O mesmo vale para crédito.Hoje, não dá para fugir para Londres e não sei se Jerusalém agradará aos fugitivos…

O apogeu de uma trajetória nunca é percebido por quem está em movimento. Com os EUA – falo do povo, não dos banqueiros – não seria diferente. Hoje, são à volta de 300 milhões, todos sem memória de quando eram 150 milhões e sem memória de uma certa fome que matou 03 milhões na grande depressão, entre 1929 e 1939.

À medida em que a curva da acumulação absoluta subia, essa gente subia marginalmente. Pouca coisa era necessária, além de programas de televisão, filmes ruins e os russos estão chegando. Com os russos chegando e pipoca e coca-cola, pagavam-se impostos para grandes guerras perdidas à partida, para financiar Israel e para custear a corrupção política em Washington.

Esse, de certa forma, é um admirável mundo novo. O sujeito encontra-se numa porção do mundo, imagina que ela faz parte de um todo um pouco maior e abstrai do restante, que pode ser qualquer fantasia. Esse tem ABC, CBS, NCB, FOX e outras coisas. Enquanto houver fluxo de dinheiro, por pouco que seja, funciona.

Essa maravilha depende de mais fluxo da periferia para o centro, porque a concentração é tamanha que o fluxo precisa aumentar. Mas, ele não aumenta, embora a concentração aumente. Infelizmente, a história é trapaceira.

Orwell não escreveu 1984 para acontecer no mundo em que Orwell nasceu. Mas, os leitores analfabetos dele achavam que se referia a um modelo político apenas, ou seja, subestimavam a obra e, talvez, o autor.

Aquilo não era peça de propaganda contra os russos que estavam chegando e nunca chegaram. Era uma coisa possível – e necessária, o que é terrível – em qualquer parte que se servisse do discurso da liberdade descasado do que um pouco de liberdade pressupõe.

Os números divergem pouco. Hoje, há nos EUA à volta de 600 campos de concentração prontos a serem usados. A agência federal que os administra, a FEMA, fez uma curiosa compra de milhões de caixões muito resistentes, de plástico, que podem acomodar até três defuntos e suportar grandes pressões.

Hoje, não é proibido torturar, prender e matar cidadãos norte-americanos sem acusação formal, nem prévio julgamento, graças a leis e ordens executivas obviamente inconstitucionais. Há três dezenas de milhares de aviões não tripulados – Drones – a serviço de agências de segurança a matarem cidadãos, a bem de uma coisa vaporosa chamada segurança nacional.

Esse aparato é homenagem à capacidade de previsão da elite norte-americana. Eles perceberam que a coisa rapidamente demandará meios de controle social ativos e repressivos, porque 300 milhões não são poucos.

Há quarenta anos, ainda se apostava somente na TV…

Aqui, as coisas são claras. Não cabe massificação.

Aprendimos a quererte
desde la histórica altura
donde el sol de tu bravura
le puso cerco a la muerte.

Aquí se queda la clara,
la entrañable transparencia,
de tu querida presencia
Comandante Che Guevara.

Tu mano gloriosa y fuerte
sobre la historia dispara
cuando todo Santa Clara
se despierta para verte.

Vienes quemando la brisa
con soles de primavera
para plantar la bandera
con la luz de tu sonrisa.

Tu amor revolucionario
te conduce a nueva empresa
donde esperan la firmeza
de tu brazo libertario.

Seguiremos adelante
como junto a ti seguimos
y con Fidel te decimos:
!Hasta siempre, Comandante!