Um espaço de convívio entre amigos, que acabou por se tornar um arquivo protegido por um só curador.

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Estreito de Ormuz: por que é fácil fecha-lo?

O estreito de Ormuz, nas passagens mais estreitas, tem em média 50 quilômetros. Ou seja, é mesmo muito estreito. Os navios passam, em média, a 30 quilômetros da costa iraniana.

Pois bem. O famoso míssil francês anti navio Exocet – AM39, MM40 e SM40 – tinha, no início, alcance máximo de 70 Km, quando lançado de avião ou helicóptero, e de 120 Km, quando lançado de terra ou navios.

Versões atuais desse míssil altamente confiável e provado em combate, têm alcances de 160 Km, lançados da superfície (terra ou embarcações). São os SM40 Block 3, que têm um propulsor inicial foguete e mantém-se em cruzeiro por meio de uma pequena turbina. Leva uma carga explosiva de 162 Kg e voa a mach 0.9. No final da trajetória, voa a 3 a 4 metros da superfície do mar.

Embora sejam relativamente lentos e a carga seja pequena, os Exocet são muito confiáveis e são detectados muito próximos da embarcação alvo. Para afundar um destroier, dois ou três são necessários, mas um simples impacto retira-o de ação.

Para afundar um petroleiro, um basta e não há hipoteses de ser detectado e abatido.

Os chineses, inteligentes, copiaram-no. Era a arma anti-navio mais usada no mundo. Dizem que reproduz as caracteristicas dos últimos modelos SM40 e MM40.

Os chineses venderam-nos ao Irã. O Irã, que também não é tolo e tem grandes engenheiros, desenvolveu sua própria versão, tendo conseguido inclusive fazer a pequena turbina a jato que impele o míssil em cruzeiro.

Ou seja, cinco ou seis baterias lançadouras na costa bastam para literalmente fechar o estreito de Ormuz, mesmo para naves bélicas…

O Irã, novamente, tem um brinquedo que a OTAN chama Sunburn. É um míssil gigante, sob quaisquer parâmetros, de origem russa.

Esse artefato anti-navio voa à impressionante velocidade de Mach 3 e, até bem pouco tempo, a marinha de guerra norte-americana considerava-o impossível de abater antes de atingir o navio. Era – e talvez continue a ser – o míssil mais letal para uma embarcação.

Leva 300 Kg de explosivos, a que se soma a imensa energia cinética do monstro deslocando-se a três vezes a velocidade do som. É capaz de voar a 3 m da superfície do mar e atingir a embarcação próximo à linha d´água.

Supõe-se que um só seja capaz de retirar de operações um daqueles imensos porta-aviões norte-americanos.

O Irã comprou uns poucos destes brinquedos e tudo indica que os copiou.

Não é à toa que alguns generais norte-americanos, retirados obviamente, estejam a fazer todos os esforços para evitar essa aventura estúpida que só interessa aos bancos de uma dúzia de judeus, que ganhariam muito com o caos…

Arrogância com ignorância. Três norte-americanos bêbados na Índia.

Arrogância e ignorância juntas resultam no seguinte: três norte-americanos à volta dos 40 anos estavam no estado indiano de Tamil Nadu.

Encheram a cara, na comemoração da passagem de ano, e julgaram estar em algum local de gente permissiva e, principalmente, submissa. Se estivessem no Brasil, teria dado certo, porque reunimos essas duas qualidades em altas doses.

Bem, puseram-se a assediar as mulheres que passavam na rua e a tentar agarra-las e beija-las à força.

Eles, em geral, têm por hábito ignorar completamente os costumes dos países que visitam e acreditam serem recebidos como dádivas a serem compreendidas. Mais que isso, pretendem-se destinatários de toda complacência e reputam o mundo não ocidental um grande bordel.

O resultado: foram espancados por pessoas indignadas com a indignidade e, depois, presos…

Nova fábrica FIAT em Goiana, Pernambuco.

Trata-se de uma unidade que construirá à volta de 200 mil automóveis por ano, a partir de 2014. Empregará, diretamente, à volta de 3.500 pessoas. Implicará o surgimento de um pólo industrial, na divisa dos Estados de Pernambuco e Paraíba. Gerará uma imensa demanda por serviços, também.

Mas, já tem muita gente achando chique falar mal…

Originalmente, esta fábrica seria instalada no complexo portuário de Suape, na região sul de Pernambuco. Acontece que o Governador Eduardo Campos fez questão de evidenciar que não é burro. Negociou com a Fiat a transferência para a divisa com a Paraíba. Os efeitos econômicos se desconcentram e atingem mais gente.

Lua Cambará abre Festival de Inverno de Campina Grande.

Um belo espetáculo de dança contemporânea, Lua Cambará, do grupo Ária Social, abre o Festival de Inverno de Campina Grande, no reformado Teatro Municipal Severino Cabral.

O tema é de inadequação social, peso de convenções, falta de amor e o penar de almas a vagarem, em resultado da desagregação inevitável. O penar é trágico, por inevitável. O espetáculo é muito bem produzido e envolve sessenta artistas, entre bailarinos, cantores e músicos.

Para mim, de certa forma, a personagem mais interessante é o Teatro Municipal, agora reaberto; talvez o prédio mais bonito de Campina Grande. O teatro compõe uma bela paisagem urbana, harmonioso com o sítio onde localiza-se, algo raríssimo nessa cidade de poucas belezas urbanísticas. Visto desde a Avenida Floriano Peixoto, quer dizer, de cima, está em perspectiva perfeita.

É pena – e estava para falar nisso há tempo – que uma de suas mais belas partes seja alvo de agressão imensa e pouco percebida. Nas costas do teatro, ou seja, na parte que dá para o Parque do Açude Novo, há imenso painel em cerâmica. Este painel tem uma libélula, uma tartaruga, um peixe e uma garça. A obra, como todo o teatro, é tombada, por ser patrimônio artístico.

Embora tombada, foram levantados dois prédios atrás, a impedir a visão completa do belíssimo painel. Absurdo e ilegalidade óbvias, tolerados como se nada estivesse a acontecer, nessa terra de pouco apreço pela beleza e pelas legalidades.

O tombamento impede que se retirem as possibilidades de contemplação da beleza do prédio, mas foi sumariamente desprezado com as construções de dois prédios desprezíveis, contiguamente.

Hoje, se alguém diz isso é obrigado a ouvir o argumento do fato consumado. Por tal argumento, um absurdo ilegal consagra-se porque se fez e pronto. Estão lá os feios e ilegais prédios, deviam ser postos abaixo, mas ficarão onde estão, a impedir a visão do painel bonito, simplesmente porque lá estão.

Ninguém se lembrará desses prédios, excepto por terem enfeado o teatro. Deste último, qualquer pessoa que tenha algum senso estético lembrar-se-a.

O Brasil não é um país sério: racismo na Universidade Federal do Maranhão.

Vem a tona um caso paradigmático do que é a mentalidade da classe dominante brasileira. O caso particular chega a ser caricatural, pelas circunstâncias que o envolvem, destacadamente por ter sucedido no Estado do Maranhão, que ocupa a pior posição na lista de IDH – índice de desenvolvimento humano dos Estados brasileiros. O IDH do país é baixíssimo, o do Maranhão é revelador da ante-sala do inferno. Mais adiante ficará evidente a razão dessa menção ao IDH.

O caso é que um africano, nigeriano, preto, é aluno do curso de Engenharia Química na Universidade Federal do Maranhão. Ele vem sendo vítima do crime de racismo, praticado pelo professor Cloves Saraiva, que, segundo noticiado nos links que estão ao final, agride o aluno constantemente. Pergunta-lhe por que não volta para a África, que aqui somos civilizados, diz que deve clarear sua cor, faz piada com a sonoridade do nome do aluno, relacionando-a com o vulgar no cú.

É um retrato sem retoques do baixíssimo nível da figura média componente das classes dominantes brasileiras. Um professor universitário de engenharia química presta-se a fazer anedotas vulgares com a sonoridade de um nome próprio em outra língua! Esse bárbaro oferece-se ao ridículo abertamente ao dizer que o aluno volte para a África, pois que aqui somos civilizados. Civilizados!

O professor do Maranhão, esse grande civilizado, acha-se na civilização. Vou dar uma pequena idéia da civilização em que ele insere-se. Em 2005, o IDH do Maranhão era de 0,683, comparável, em termos mundiais, ao Gabão, curiosamente situado na África e, até onde se sabe, raramente utilizado como parâmetro de civilização, nos termos em que o professor usa o conceito.

Ainda segundo os dados de 2005, o IDH – Educação do Maranhão é de 0,784, comparável, em termos mundiais, a São Tomé e Príncipe.

Vamos adiante: o IDH – Renda do Maranhão era, em 2005, de 0,57, comparável, em termos mundiais, ao Vietnã!

Em termos de esperança de vida, o índice de longevidade do civilizado Maranhão é de 0,696, em dados de 2005, sempre. Comparável ao Uzbequistão.

Esse primor civilizacional foi produzido por uma classe dominante de que é honroso representante o professor racista! O produto revela o nível de seus produtores, evidentemente.

Professor no Maranhão é acusado de racismo contra africano

Crime de Racismo na UFMA

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