Assim que terminei O manual dos inquisidores, achei de iniciar a leitura de outro Lobo Antunes, Que cavalos são aqueles que fazem sombra no mar?

E vieram-me vivas na memória as advertências do Miguel. É uma leitura difícil, esta, realmente. Difícil como não me pareceu O manual dos inquisidores, porque neste a base histórica é muito evidente e a dissolução cronológica do discurso é pouca.

O livro que comecei ontem tem uma narrativa verdadeiramente fragmentada, com idas e vindas desconcertantes, sem um ponto de referência narrativa claro.

É um tanto estranho, porque não se trata de escrever no formato em que se falam os diálogos. Nem se trata de escrever como pensam as personagens. É dissolução maior que isso.